5 meses depois.
Sábado, 19 de junho de 2008
Vamos aos acontecimentos, Manu. Começou a namorar com o Charles, um menino da nossa escola, tá toda apaixonada, e a Nathalia tinha razão, eu tinha que dar literalmente outra oportunidade, e não dei só uma hahaha, eu e o Júnior tentamos de novo, a segunda foi boa, já a terceira, meu Deus, foi muito bom. O aniversário do Ju passou, completou 17 anos e o meu, em abril também passou, meus 15 aninhos, tive a minha tão sonhada festa, foi incrível, também completei 1 ano de namoro, um ano, tem noção? Nossa foi muito bom, comemoração, foi lindo. Como era sábado eu acordei mais tarde, me espreguicei, ai que delícia, levantei, fui ao banheiro, quando voltei a Manu estava na minha cama chorando.
Karina: Manu? - corri até ela, me ajoelhei na sua frente - o que foi amiga?
Manu: eu... - soluçou - não quero ir
Karina: não quer ir pra onde?
Manu: morar em Floripa
Karina: como assim manu? - sentei do seu lado
Manu: você sabe né?! Minha avó tá doente e minha mãe disse que vai se mudar pra cuidar dela - chorou mais - eu amo minha avó, mas não quero morar lá
Karina: calma amiga, vamos dar um jeito
Manu: que jeito, Ka? Eu sou menor de idade - pensei, pensei
Karina: mas tem minha mãe, meu pai, eles são seus padrinhos, vão cuidar de você
Manu: tá doida? Minha mãe não vai me deixar aqui
Karina: a gente tenta amiga - abracei ela o mais forte que consegui - não vou deixar você ir
Fernanda: Manu? - entrou no meu quarto - filha - balançou a cabeça negativamente, me afastei e ela abraçou a afilhada - não faz isso com a sua mãe
Manu: não quero dinda, não quero ir
Fernanda: saindo dessa forma de casa não é a solução, não vai resolver nada. Sua mãe ficou preocupada
Manu: não quero ir dinda, fala pra ela me deixar aqui
Fernanda: amor, ela é sua mãe, você precisa acompanhar ela
Karina: mãe! - soltou a Manu - ela pode ficar aqui
Fernanda: as coisas não assim meninas, vocês não são mães, mas um dia vão ser, e vão entender, imagina como vai ficar o coração da sua mãe te deixando aqui? Mesmo que seja comigo
Manu: por favor dinda, fala com ela
Karina: é mãe
Manu: só até o final do ano, deixa eu terminar esse ano aqui pelo menos - minha mãe suspirou
Fernanda: eu vou conversar com a Lídia. - eu passei o dia com a Manu, ela tava bem triste, então fiz de tudo para anima-la, mais tarde minha mãe foi levar ela pra casa fiquei deitada, liguei pro Juninho, não iríamos nos ver porque ele tava muito cansado do treino, triste, mas eu estava pensando seriamente em ir lá, até comentei com a minha mãe. Bom, fui tomar um banho, quando sai minha mãe tava entrando no quarto.
Karina: tudo bem lá?
Fernanda: resolvido, Manu vai ficar aqui até o final do ano - sorri - cadê aquele cortador que te dei?
Karina: tá aí no criado mudo - ela foi até ele - ah...nã....não tá aí
Fernanda: o que é isso, Karina? - me mostrou algumas camisinhas que eu escondia justamente ali - o que é isso Karina?
Karina: mãe - ela passou a mão pelo rosto, foi até a porta, trancou
Fernanda: senta - apontou pra cama, sentei - me fala
Karina: falar o que mãe?
Fernanda: que camisinhas são essas? - abaixei a cabeça, odiava mentir pra ela - Karina não me diga, não, não me diga - olhei pra ela - filha! Não me decepciona
Karina: mãe
Fernanda: você não é mais virgem? - fiquei em silêncio - Karina eu estou falando com você
Karina: não - falei baixo
Fernanda: Karina não é possível, não é possível Karina. Onde está nossa amizade? Nossa transparência? Eu vou ter que te privar da vida pra você aprender? Karina você tem quinze anos, é uma menina, deveria estar estudando e não transando por aí! Eu deixei você namorar porque eu sabia que não iria adiantar proibir, e mesmo assim, Ka? - abaixei a cabeça mais uma vez, não conseguia nem olhar pra ela - eu sempre te dei liberdade, sempre confiei em você, Karina, pelo amor de Deus, você não tem uma mãe pra conversar? Me responde.
Karina: desculpa, mãe
Fernanda: aí meu Deus - passou a mão pelos cabelos - vamos ao médico
Karina: eu fui
Fernanda: o quê?
Karina: eu fui mãe, fui no ginecologista antes
Fernanda: vocês usaram isso? - apontou para as camisinhas
Karina: sim - chorei - desculpa mãe, me desculpa - ela passava a mão pelo rosto, me puxou pra um abraço
Fernanda: não chora - suspirou, me soltou, segurou meu rosto - poxa filha, eu sou tão liberal com você, com seu irmão, sempre depositei confiança em vocês, sempre conversei com você sobre isso, ainda mais depois que você começou a namorar, eu falei sobre sexo com você Karina, sempre conversei, porque você não falou comigo?
Karina: fiquei com medo, mãe. Eu sei que errei, mas me senti preparada, da forma como a senhora me falou, tava confortável
Fernanda: Karina, se eu fosse uma mãe ausente eu entenderia, mas eu sou presente na sua vida, o que tá acontecendo? Você ta crescendo e esquecendo que pode contar comigo? Esquecendo que sou sua amiga? Sou sua mãe, sua amiga.
Karina: me perdoa mãe
Fernanda: agora já foi, eu estou muito decepcionada com você. De verdade mesmo - parecia até uma facada no peito, era horrível saber que decepcionei ela
Karina: me perdoa - ela suspirou
Fernanda: você terá muitas restrições agora
Karina: mãe, você vai me fazer terminar?
Fernanda: claro que não, não tem porquê eu fazer isso! Não quero mais saber de você indo pra Nadine, agora é só aqui em casa e na sala tá me entendendo? Não tem mais shopping, nada!
Karina: mãe!
Fernanda: estamos entendidas? Karina sexo é para adultos, tá me ouvindo? Você tá colocando a carroça na frente dos bois,se pega uma gravidez? Karina você só tem quinze anos. Vou marcar médico pra você, vai fazer exames, e vou ligar pra Nadine, o Juninho vai fazer exames também.
Júnior on
Eu estava morto de cansado, muito mesmo, cheio de dor na perna, queria muito ir ver minha marrentinha, mas era impossível. Ela ligou, conversei com ela e depois fiquei na sala vendo um filme, Rafa tava na minha avó, meu pai trabalhando e minha mãe na cozinha, o telefone tocou, ainda bem que eu estava do lado porque se não, eu não ia levantar.
Júnior: alô?
xXx: Juninho? - tia Fê, reconheci a voz
Júnior: Oi tia
Fernanda: sua mãe tá aí?
Júnior: tá, vou passar pra ela. Ô mãe - gritei, ela veio da cozinha
Nadine; Oi filho
Júnior: tia Fê - dei o telefone
Nadine: oi Fê, tudo bem? - silêncio - eu tô bem - sorriu - aconteceu alguma coisa? - silêncio - Oi? - fez uma cara de brava - é mesmo? Não estava sabendo dessa história - silêncio - sim, não você tá certa. - parei de prestar atenção, foquei no filme - que história é essa hein? - falou depois de colocar o telefone no gancho
Júnior: que história?
Nadine: sexo? - gelei
Júnior: a senhora tá falando de que?
Nadine: Juninho, não se faça, duas crianças transando?
Júnior: não sou criança mãe, tenho dezessete anos e sei o que faço
Nadine: sabe mesmo? E filho? Você pretende ter filho agora? Você pretende engravidar uma menina de quinze anos?
Júnior: a Karina tá grávida?
Nadine: não, júnior, mas se estivesse? Hein? Você não pensa? - ela ficou falando muita coisa na minha cabeça, muita coisa mesmo, quando terminou de falar subiu pro quarto, peguei o telefone e liguei pra Ka.
Karina: alô?
Júnior: amor?
Karina: Oi
Júnior: o que aconteceu?
Karina: minha mãe achou umas camisinhas aqui
Júnior: falei pra você não levar, Ka, você é teimosa
Karina: agora já foi
Júnior: é
Karina: sua mãe falou da clínica?
Júnior: falou, exames segunda
Karina: é, eu não sei porque minha mãe tá me tratando feito uma criança
Júnior: amor, eu entendo tá ligado? Temos uma vida pela frente - conversamos por umas duas horas, só desliguei quando meu pai chegou, fomos jantar, minha mãe já abriu o jogo pro coroa, veio mais bronca.
Júnior off.
Chegou a tal segunda feira, eu não queria de jeito nenhum fazer exames, eu sabia que não tínhamos nada e era só preocupação de mãe mas tudo bem. Minha mãe disse que não contaria pro meu pai, o que foi um alívio para mim, até porque ele iria querer matar o Júnior, meu Deus. Bom, o Matias levou eu e o Gab, pagou a Manu no caminho, ela me atualizou sobre a vida dela e eu sobre a minha, as aulas foram até que de boa, o estranho era que o Lucas estava muito em cima de mim, o que era estranho. Quando deu a hora de ir embora, avistei o carro da minha mãe, entrei, o Júnior e a tia Na estavam lá dentro.
Karina: Oi preto - dei um selinho nele
Júnior: oi, tudo bem?
Karina: aham, e você?
Júnior: de boa - eu confesso que estava constrangida da minha sogra saber que eu dei pro filho dela, e o Júnior coitado, deveria tá na mesma. Fomos em silêncio, só se ouvia as duas mães conversando freneticamente, o bom é que o assunto não éramos nós. Chegamos lá, entramos, minha mãe foi na recepção enquanto eu conversava baixinho com Júnior.
Karina: agora é um problema dar eu hein - ele riu - agora que eu gostei
Júnior: cê tá terrível hein?
Karina: eu tô excitada, amor
Júnior: Karina! - riu alto, a tia olhou pra ele
Nadine: que foi?
Júnior: nada - ri, dei um beijo no pescoço dele - vai me deixar de pau duro, vacilo
Karina: cala a boca - rimos
Fernanda: daqui a pouco chama a gente
Karina: tá
Fernanda: Vamos conversar.? - ihhh
Júnior: pode falar, tia
Fernanda: vocês querem ser tratados feito adultos, então vamos lá. Sexo traz diversas consequências, um sexo sem preservativo pode causar doenças, uma gravidez indesejada. Juninho, você quer ser jogador, tem todo um caminho pela frente, não acha que um bebê agora vá atrapalhar? - ele assentiu - Karina quer fazer faculdade, filho é uma benção, é lindo, é ótimo, só que não são flores, a mulher precisa parar a vida pra cuidar de um ser, que depende dela, o homem tem que trabalhar. Gente, eu tive a idade de vocês, eu também fiz besteiras, mas tô aqui, tive filhos depois de adulta, vocês precisam focar nos estudos, né Na?
Nadine: É verdade. A única coisa que vocês precisam fazer é estudar, deixa o sexo pra depois, mesmo sendo difícil resistir, ou se fazer se cuidem.
Fernanda: E o que eu peço é que vocês conversem conosco, somos mães de vocês, estamos aqui para dar apoio, conversar, auxiliar, não pra ficar brigando.- conversaram com a gente, eu até entendi elas. O médico chamou lá, fizemos os exames que tinham que ser feito, passei mais uma vez pela ginecologista o que é um saco, e ficamos esperando cerca de uma hora pro resultado dos exames. Quando chegou nas mãos das nossas mães, estava tudo certo, tudo tranquilo.
Dois meses depois.
A vida não para não é? Estamos em Agosto, tudo tá passando rápido demais. A Manu já está morando aqui em casa, minha dinda e meu dindo já foram pra Floripa, minha mãe estava marcando em cima mesmo de mim e do Júnior,mas aquele papo de que não iríamos sair juntos foi mero blefe, isso mesmo, dona Fernanda estava blefando, ela deixa a gente sair de dia, deve achar que só se transa de noite, mas tranquilo. Eu e o Júnior não estamos numa fase muito boa do nosso relacionamento, eu em semana de provas, estudando o tempo todo, ele treinando muito, tá estranho, a gente briga toda hora e hoje eu levantei decidia a dar um basta nessas brigas, nos amamos e não vamos ficar brigando, eu hein. Saí da escola vendo ele do outro lado da rua com o Gab, a bike e umas meninas aqui da escola, uma delas era a Taynara, ela estava muito perto o que me irritou.
Lucas: ih ó alá, Ka - riu
Karina: da licença - empurrei ela
Taynara: calma - riu, colocou a mão no ombro dele
Karina: eu falei da licença - tirei a mão dela
Taynara: tá estressada amiguinha?
Karina: não te interessa
Júnior: Ka? Relaxa
Karina: relaxa o caramba
Gabriel: vai Tay, mete o pé
Taynara: tô conversando com seu amigo, Gab
Karina: tem nada pra conversar, ah quer saber? Fica aí, conversa bastante - sai batendo o pé, tinha algumas pessoas prestando atenção - perderam o olho aqui? - bufei e continuei andado
Júnior: Karina - me chamou - Karina - segurou o meu braço
Karina: me larga, vai lá ficar com ela
Júnior: mano para de graça
Karina: já falei pra me largar - ele soltou meu braço, continuei andando, ele do meu lado
Júnior: não vai falar comigo?
Karina: não tenho nada pra falar
Júnior: vamos pra praça conversar - segui ele até a praça, sentamos nós banquinho, cruzei os braços - vamos parar né?
Karina: vamos parar? Você fica dando confiança para aquela garota e eu tenho que parar?
Júnior: ela só fez pra te provocar mano, ela tava com Gab
Karina: não interessa!
Júnior: e você e seu amiguinho? Tá achando que não vi?
Karina: o que você viu? Me fala? Nada né? Porque não tem nada
Júnior: não tem nada o caralho, Karina, o cara dá em cima de você na cara dura
Karina: não vem querer desconversar
Júnior: desconversar? Você tá dias cagando pra mim, não me procura, não fala comigo se eu não for até você, se eu não viesse aqui ia ser só mais um dia sem falar contigo
Karina: você faz suas merdas e acha que eu vou ficar correndo atrás de você?
Júnior: correr atrás não, Karina, conversar, consertar as coisas. E você não corre atrás de mim não, eu que fico igual um cachorro atrás de você
Karina: ah eu hein
Júnior: você lembra porque brigamos?
Karina: óbvio que eu lembro, por causa desse seu ciúme idiota
Júnior: idiota?
Karina: claro, ninguém pode chegar perto de mim que você quer brigar. Você bateu no Lucas semana passada, Júnior, porque ele me deu um doce
Júnior.: Ele faz as coisas pra me provocar, Karina, eu acho que você deveria se afastar
Karina: é o que? Quem você acha que é?
Júnior: seu namorado
Karina: pode ser o papa, você não tem direito de pedir pra eu me afastar
Júnior: você não tá enxergando que esse moleque tá sendo o motivo para todas as nossas brigas
Karina: o motivo de todas as nossas brigas é o seu ciúme
Júnior: você não vai se afastar?
Karina: não!
Júnior: de boa, tranquilo. - ele levantou
Karina: eu acho que é melhor a gente dar um tempo
Júnior: é o que? Que porra é essa agora?
Karina: estamos brigando muito, eu acho melhor
Júnior: Karina, não existe isso de tempo, ou fica junto ou termina
Karina: então você quer terminar?
Júnior: é claro que não, mas essa merda de tempo não existe
Karina: eu quero um tempo
Júnior: você quer terminar né? De boa, Karina, pronto, tá solteira, pode continuar sua amizade com aquele filho da puta
Karina: Júnior
Júnior: nossa conversa acabou
Karina: eu não terminei de falar
Júnior: mas eu acabei - me olhou, secou as lágrimas que caíram e foi andando
Karina: Júnior? Júnior? - ele simplesmente foi embora, me deixando ali naquela praça chorando, eu não estava acreditando no que estava acontecendo. Depois de um tempo fui embora também, cheguei.
Manu: amiga - nem respondi, subi direto pro meu quarto, deitei na cama chorando - amiga, o que foi?
Karina: ele terminou comigo Manu, terminou, como que ele faz isso comigo? Por que ele fez isso? Por que?
Manu: amiga - me abraçou - não chora que eu choro junto
(...)
1 mês depois, setembro de 2008.
Marinalva: Professora, da licença - era a inspetora da escola
Professora: pois não
Marinalva: os alunos que eu falar o nome, por favor, me acompanhem - olhei para meus amigos assustada - Karina Cardoso, Breno da Silva, Manuela França e Caio Baptista. Venham confio até a secretária
Karina: o que será que aconteceu?
Manu: sei lá
Caren: relaxa, não deve ser nada demais
Caio: o que aconteceu Mari?
Marinalva: já já vocês saberão - deu um sorrisinho, olhei sem entender. Fomos andando até chegar na secretaria onde tinha mais alguns alunos de outras turmas, entramos na sala, meu pai, minha mãe, e os pais dos outros alunos.
Diretora: que bom que chegaram.
Manu: o que aconteceu?
Diretora: calma, Manuela, é uma notícia muito boa. Nós recebemos uma proposta de enviar alguns alunos para intercâmbio em Nova Iorque, e eu, junto com alguns professores, com a junta de diretores, escolhemos alguns, e se vocês estão aqui, é porque foram os escolhidos. Mas não se enganem, é uma concorrência e tanta, todos vocês que estão aqui são ótimos alunos de inglês, entre outras matérias, vocês terão que fazer uma prova e se passarem nessa prova terão a vaga.
Breno; mas como assim?
Diretora: simples assim - sorriu - vocês terão um mês para se prepararem para essa prova, e caso passem, novembro vocês estarão indo para Nova iorque.
Carlos: mas quem vai com eles?
Diretora: lá é uma escola, eles terão as matérias normais, e também farão intercâmbio, é uma escola exatamente para isso, é preparada, com quartos, refeitório e tudo mais, os próprios profissionais de lá viram aqui buscar os alunos e acompanharam até lá, caso os pais não possam ir, mas se puderem ir, cada aluno poderá levar dois acompanhantes que seja responsável legal por ele. O intercâmbio será de um ano, os alunos vão terminar o ensino médio lá, poderão receber visita, mas terá que seguir as regras, a escola é até um pouco rígida, mas será uma chance única. - ela tirou todas as dúvidas dos pais e também dos alunos, quando terminou sai com meus pais e manu.
Fernanda: e aí?
Manu: com certeza que eu vou - falou decidida
Carlos: e você hein filha?
Karina: eu não sei pai
Fernanda: tem que pensar bem direitinho
Carlos: é verdade, mas voltem pra aula e em casa nós vamos conversar - deu beijo em mim e na Manu, minha mãe fez o mesmo.
(...)
Eu saí da escola correndo, só queria contar pro Júnior, conversar com ela, dizer que o amava e que não queria ficar separada, eu sei que era uma chance de ouro pra mim, mas eu não queria ir, eu amava o Júnior,não queria ficar longe, mas sabia que ele iria me apoiar, iria falar pra mim ir, e ia me esperar, era só um ano. Cheguei na casa dele, chamei, quem atendeu foi a Rafa.
Karina: oi Rafinha
Rafa: oi Ka
Karina: seu irmão tá aí?
Rafa: tá no quarto, vai lá - fui correndo, ele estava deitado na cama
Karina: Júnior? - ele sentou
Júnior: Ka?
Karina: é - ri nervosa
Júnior: o que foi?
Karina: primeiro eu quero dizer que te amo - ele sorriu - não quero o nosso término e segundo - sentei do lado dele - eu acabei de saber que a escola escolheu alguns alunos para fazer um intercâmbio em Nova iorque, não é certo, mas eu vou fazer uma prova
Júnior: é o que? Você vai me deixar?
Karina: como assim Júnior?? Você ouviu o que eu falei?
Júnior: você vai ir embora, vai me deixar aqui? É isso Karina?
Karina: eu vim te contar sobre a possibilidade e pedir pra gente voltar
Júnior: voltar? Você vai pra Nova Iorque ficar sei lá quanto tempo, tá de sacanagem?
Karina: Júnior
Júnior: tchau Karina, boa viagem pra você
Karina: não faz isso
Júnior: não faz isso você! Você tá me deixando
Karina: você é um idiota, Júnior, eu não sei o que tinha na cabeça quando me envolvi com você
Júnior: vai embora Karina, vai, você tá me abandonando - sai de lá chorando, quando sai no portão esbarrei no Gui, ao lado estava Jota, Gil e Gu.
Gui: o doida tá cega? - riram
Gil: Ka? O que tá pegando?
Karina: nada - fui andando e eles vieram atrás
Gustavo: Karina, mano porque cê tá chorando ?
Karina: o amigo de você é um idiota
Jota: o que ele fez?
Gil: ele fez alguma coisa com você?
Karina: gente me deixa, eu quero ir embora
Gil: vem, eu te levo, tô com o carro do meu pai
Gui: tu nem tem carteira, a polícia vai te pegar - eles riram
Jota: bora geral então - me guiaram até o carro e me levaram pra casa, e só chorava, não estava acreditando no que tinha acabado de acontecer. Os meninos sempre foram legais comigo, e hoje eu só tive mais uma prova. Eu nem precisei de mais tempo pra tomar minha decisão, vou estudar o máximo que puder, tirar a nota máxima nessa prova e ir pra NY. Os meninos chegaram lá, ainda entraram pra falar com meu irmão, eu fui pro meu quarto, conversei com a Manu, mas tarde contei pros meus pais a minha decisão e sobre o meu término com Júnior, o queridinho deles.
(...)
Eu falei que iria estudar e foi o que eu fiz, estudei como uma louca, sexta e sábado passava a madrugada toda estudando, eu estava com raiva, com ódio, com dor, tava sofrendo e vi nos estudos um caminho. Foi um mês estudando, para no final eu ver meu nome como uma das alunas que iria para o intercâmbio, eu fiquei tão feliz quando li, e mais ainda quando vi o nome da Manu, tem noção? Eu iria para Nova Iorque com a minha melhor amiga. A felicidade foi tanta, mas tanta, eu e ela corremos para o consultoria da minha mãe, contamos a novidade, no mesmo tempo em que ficava triste pelos meus amigos, ficava feliz por mim. Caren, Nathalia, Ramon e Lucas ficaram saltitantes por nós. E em novembro, estávamos embarcando para Nova Iorque. Tivemos uma festinha de despedida, ele não apareceu, eu confesso que esperei, mas isso não aconteceu, esperei por ele também no aeroporto, mas não, ele não foi, ele simplesmente desistiu de mim, desistiu de nós. Foi o vôo mais difícil que eu fiz na minha vida, eu chorava pensando nele, foi horrível. Quando chegamos fomos direto pro hotel, com nossos pais. No dia seguinte fomos conhecer o local onde estudaríamos e tudo o mais, era muito grande e lindo, de cara conhecemos o André e Marlon, que também vieram por esse projeto, logo depois conhecemos a Anna e o Martin, fizemos amizade. A Anna já estudava aqui, veio pra NY ainda pequena, conhecemos também a Patty uma americana e o Emerson, também americano. E em uma semana, começaríamos os estudos.
Ainnnnn
Cadê minhas leitoras???? 😭😭😭
Quero vocês aqui
Quero postar todo dia mais só depende dos comentários.
Apareçam
Bjs 😘😘
Até o próximo
Amo
ResponderExcluirContinuaaaa
ResponderExcluirPerfeitoooo, continua 🥰
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